27 de novembro de 2010

Considerações finais

Escrever esta postagem me trouxe muitas lembranças, algumas boas, outras nem tanto, mas que foram muito importantes para a constituição da pessoa que sou hoje. Afinal a desacomodação é necessária para nosso crescimento.
Um dos meus sonhos sempre foi ser estudante da UFRGS, no início do ano de 2007 fiz o vestibular para Pedagogia, receber a notícia que havia sido aprovada foi muito gratificante, nossa quanta felicidade.
Nas primeiras aulas fiquei um pouco perdida, fui apresentada a ambientes virtuais como blog, pbworks, ROODA, email, entre outros, alguns já conhecia, outros eram novidades, e durante algum tempo tive muita dificuldade em utilizar. Durante o curso também foi necessário planejar e replanejar o meu tempo para que pudesse me dedicar ao curso, realizar as tarefas, as leituras, participar dos fóruns, fazer as postagens no blog, com o tempo criei hábitos e passei a me organizar melhor, e isso foi fundamental para tornar o estudo a distância mais proveitoso.
As atividades realizadas, como leituras, trabalhos, participações em fóruns, aulas presenciais, workshops, estágio, entre outros, sempre foram muito significativas. A curiosidade em querer saber cada vez mais e compreender muitos porques me impulsionaram, fizeram repensar, ter descobertas, construções, desconstruções.
Pude compreender que não há receitas, ou uma fórmula certa para se ensinar, é necessário conhecer o aluno, ao entender como o sujeito aprende, estudando Vygotsky, Piaget, Freire, entre outros estudiosos, pude embasar minha prática, ter mais segurança, pude escolher com mais clareza que caminhos percorrer para atingir meus objetivos em minhas aulas. Como educadora procurei usar uma metodologia que proporcionasse ao aluno buscar respostas às perguntas procurei trabalhar de forma interdisciplinar, utilizando o mesmo tema para explorar assuntos de outras áreas de conhecimento. Por isso, tive como referencial os estudos de Piaget, Vigotsky, Emília Ferreiro, Paulo Freire, entre outros, cujas concepções baseiam-se no princípio de que o individuo não adquiri conhecimento e sim, constrói. O processo de construção do conhecimento é feito pelo indivíduo, em interação com o meio durante toda a sua vida.

Aprendi, através das interdisciplinas, ser mediadora e problematizadora, ressaltando que uma das interdisciplinas que veio a colaborar para o meu crescimento acadêmico foi Seminário Integrador, através dos questionamentos, exercício da escrita (postagens no blog), nesta sempre encontrei muita dificuldade, fui protagonista de minhas aprendizagens através da pesquisa, do diálogo, do confronto de ideias, da construção do conhecimento, da socialização dos saberes, da participação, da exploração adequada de diferentes fontes e de recursos.

Muitas foram os desafios e as aprendizagens que influenciaram beneficamente no meu desenvolvimento possibilitando-me ser mais crítica, questionadora, ter mais autonomia, desta forma construindo muitos outros conhecimentos.

Fico muito feliz de estar finalizando o curso, com a sensação de dever cumprido. E é sem dúvida algo que me realiza e me deixa bastante contente, chegar ao final de mais uma etapa em minha vida. Agradeço de coração aos grandes mestres, professores, tutores, colegas, a UFRGS, através do Pólo de Três Cachoeiras, enfim a todos que fizeram parte desta caminhada. Fica a saudade.

10 de novembro de 2010

Reflexão

No blog (http://escritabrasil.blogspot.com/2008/07/letramento.html) indicado pela Prof. Nádie há a definição de letramento literário, como citado na entrevista da Prof. Zélia “O letramento literário – estado ou condição de quem faz usos da literatura – supõe um processo que pode se iniciar antes de se saber ler e escrever. Nas histórias, nos provérbios, nos ditos populares, nas adivinhas, nas parlendas, entre outros textos ficcionais e poéticos da oralidade, por meio de muitas vozes que não se restringem àquelas do universo familiar mais próximo. Na escola, com o aprendizado da leitura e da escrita, os impressos – livros, jornais, revistas e as telas como portadores de textos literários passam a fazer parte desse processo de letramento, dando mais autonomia ao leitor.”

Volto o foco para as histórias infantis, para ter-se consciência do quanto a história pode contribuir no desenvolvimento infantil e de como ela envolve a criança e colabora do seu desenvolvimento por diversas perspectivas, é preciso ver a situação em ação, vivenciá-la de diversas formas (com ilustração, com mudança de voz, com recursos de imagem e som) e principalmente utilizar da magia que o conto de fadas, o faz de conta, e sua posterior representação podem causar em todo o processo cognitivo de aprendizagem da criança, mais especificadamente na faixa etária de cinco anos, conforme trata o tema do TCC.

É preciso que uma aula com histórias não sirva apenas para preencher espaços, é necessário que tenha um objetivo, um fundamento bem estruturado para que cause na criança determinada emoção que fará com que nunca mais esqueça aquele momento, aquele sentimento despertado é preciso ser mágico.

A criança assume que suas relações com o mundo inanimado formam um só padrão, é como se ela interagisse, entra-se dentro da história e isso se dá porque de certa forma o texto age de maneira que a criança se sinta parte dele, interaja diretamente é como se a criança, no momento da leitura, criasse um outro mundo além do que, o conto de fadas é sugestivo, eles deixam a fantasia da criança e o modo de visualizar esta história serem reveladores no tempo de vida da criança. “Uma criança confia no que o conto de fada diz porque a vida de mundo aí apresentada está de acordo com a sua”. (BETTLHEIM, 2002 p. 48).

1 de novembro de 2010

Reflexão

Revisitando o eixo VII a interdisciplina de Linguagem e Educação e os estudos realizados, o texto “Práticas de leitura, escrita e oralidade na educação infantil e no primeiro ano do ensino fundamental” traz alguns apontamentos que trabalhei durante o estágio e que vão ao encontro do TCC, quando diz que: “(...) a narração de contos é um dos temas sobre o qual incidimos. É através deles que as crianças começam aprender a seguir o fio da argumental da narração, a memorizar os começos e fins e também as frases feitas ou as musiquinhas introduzidas no texto. A memorização tem um papel importante dentro dos seus interesses. É por esse motivo que sempre querem que os contos sejam repetidos uma e outra vez, podendo, assim, participar nas frases que já memorizaram e, ao mesmo tempo, do argumento. É por esse motivo também que querem os contos explicados sempre da mesma maneira tudo deve seguir uma mesma ordem, cada fragmento deve ter uma entonação peculiar. Todos esses aspectos ajudam as crianças a serem capazes de narrar por si só as história e mais para frente, facilitando-lhes a escrita, já que o fato de poder antecipar o texto lhes dá maior fluência na hora de escrever.”
Os contos infantis mexem com a criança e para que toda essa sensibilização seja significativa é preciso observar características e pontos importantes no momento de contar a história, como citado no trecho acima e relacionando ao estágio pude perceber isso no momento em que coloquei em prática em sala de aula e percebi o quanto as crianças ficavam mais atentas na história quando havia mudança de voz, quando estavam próximas do narrador e ainda quando visualizavam as figuras. Também gostavam de sentar no tapete, pegar livros (normalmente as histórias que já conheciam) e “ler” uns para os outros, mostravam as figuras e narravam o texto, sempre com coerência, observando início, normalmente iniciavam com o “era uma vez”, meio e fim.
A incidência da narração das histórias no meu estágio foi tão significativa que a partir delas pude desenvolver outras habilidades como, por exemplo, organização de ideias, trabalhar a moral e ainda questões afetivas e cognitivas.

19 de outubro de 2010

Reflexão 8° semana

Dando continuidade as revisões destaco a interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade: Uma abordagem sociocultural e antropológica, na qual foi solicitado a leitura do livro Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire, me chamou atenção, pois talvez essa seja uma prática óbvia em qualquer curso de licenciatura, desde o magistério até o curso superior é quase impossível ter passado por uma formação docente sem ter ao menos ouvido falar no título. Analisando as palavras de Freire e minha prática o que percebo é que o professor ao buscar uma formação constante vai ter questionamentos duráveis e isso é um fato verídico, o que eu acredito baseado na obra de Freire é que não podemos aceitar que somos donos do conhecimento e fazer deste uma verdade única “Um dos grandes pecados da escola é desconsiderar tudo com que a criança chega a ela”. Logo, o professor precisa em sua prática pedagógica, em sala de aula estar atento, ouvir seus alunos, a partir deste olhar desenvolver seu trabalho, considerando os conhecimentos prévios destes despertar o interesse e fazer da escola um espaço agradável e prazeroso.

Destaco ainda as interdisciplinas Seminário Integrador IV, V e VI nos foi apresentado os projetos de aprendizagem (PA’s), uma nova metodologia de trabalho, nesta perspectiva o aluno expõe um questionamento que não tenha apenas uma resposta, o aluno já possui dúvidas e certezas acerca desta questão, já tem um conhecimento prévio, e a partir disso deverá iniciar a busca pelas reposta. Não é necessário encaixar a pergunta num determinado conteúdo, pois os conteúdos irão surgir na medida em que os alunos pesquisarem sobre o tema escolhido, trabalhando assim de forma interdisciplinar. Essa metodologia de aprendizagem modifica nossa concepção de aprendizagem, de acordo com ela, só se aprende se houver motivação, interesse resultando em projetos que partam do desejo, da curiosidade, possibilitando ao aluno que ele seja construtor do conhecimento. Com objetivos e metas bem definidas, sabendo onde se quer chegar com tal atividade proposta, sem dar lugar ao fazer simplesmente por fazer sem significado, contribuindo para potencializar o desenvolvimento de várias habilidades, como o trabalho de grupo, a interação, a cooperação, a pesquisa o uso das tecnologias e no desenvolvimento do projeto a intervenção do professor é fundamental, questionando dialogando e desafiando. Mesmo não tendo utilizado esta metodologia na minha prática de estágio, considero muito importante para meu aprendizado.

11 de outubro de 2010

Reflexão 7° Semana

Revendo o eixo VII acho importante destacar interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação. Com base na leitura do texto “Planejamento: em busca de caminhos” de Maria Bernardete Castro Rodrigues “uma ação planejada é uma ação não improvisada; uma ação improvisada é uma ação não planejada”, entendo que não se deve improvisar quando se tem objetivos claros, definidos e temos interesse em realizá-los. Revendo a prática de estágio percebo o quanto foi e é importante o planejamento, a aula planejada, com intenções, objetivos definidos faz toda diferença, caso contrário as aulas perdem sua direção.

O estágio foi desenvolvido com crianças da pré-escola, procurei fazer um planejamento interdisciplinar que possibilitasse o contato da criança com situações diferenciadas, favorecendo a vivências de situações concretas, por exemplo, aulas passeio, observações, criação de panfletos, teatros... que contribuíssem para o desenvolvimento do pensamento, também levei em consideração os conhecimentos prévios e interesses apresentados pela turma, assim o planejamento também requer flexibilidade e abertura para atender aos interesses das crianças.

Acredito que o planejamento é um aspecto que tem importância fundamental para o desenvolvimento de um bom trabalho.

4 de outubro de 2010

Reflexões 6° semana

Revendo e analisando as postagens feitas até o momento as quais referem-se aos eixos I, II e III, destaquei algumas contribuições de Piaget e Vygotsky.

De acordo com os estudos de Piaget pude caracterizar as etapas de desenvolvimento mental em que se encontra a criança de cinco anos, sendo esta etapa o período pré-operatório, a criança desta fase tende a atribuir vida aos objetos, em decorrência do animismo infantil, que é a tendência a conceber as coisas como vivas e dotadas de intenção. Ainda nesta fase as crianças apresentam muita facilidade em entrar no mundo mágico, devido ao impulso imaginativo, no qual realidade e ficção se misturam.

Importante destacar que Piaget não se preocupou com o ensino de literatura, mas, aos estudar as etapas de desenvolvimento nos ajuda entender o que é necessário para cada fase.

Já Vygotsky além de trazer uma abordagem sobre o desenvolvimento da criança fala também na importância da literatura infantil para o desenvolvimento da criança.

Durante o estágio explorei as histórias infantis desenvolvendo atividades de expressão artísticas como construção de painéis recontando a histórias, modelagem, também realizava teatros, procurando sempre estimular a convivência grupal.

“O importante é deixar a criança ler os contos de fadas de forma livre e pessoal. E rodeá-la de histórias, seres e objetos mágicos, que lhe permita desenvolver o imaginário e criar esperança de soluções felizes para sua existência.” (Marta Morais Costa)

25 de setembro de 2010

Reflexão 5° semana

Dando continuidade as reflexões sobre a fundamentação teórica destaco um olhar importante sobre a literatura infantil que ajuda compreender sua importância para criança, trago as contribuições de Vygotsky, para ele “a literatura pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento cognitivo, pois ativa a função simbólica no leitor através de jogos de linguagem, que geralmente vêm acompanhados do poder imagético da ilustração, tanto na prosa como na poesia” (Aguiar, Vera Teixeira, Era uma vez...na escola: formando educadores para formar leitores, 2001, pg. 52). Vygotsky também considera de extrema importância o uso do faz de conta, pois é nela que a criança é capaz de realizar a representação simbólica, em que ela age no mundo imaginário, criado por ela mesma.
O que observei claramente, durante a prática do estágio, era o gosto pela leitura. Quando as crianças terminavam suas atividades logo se dirigiam ao tapete e com os livrinhos contavam histórias umas para as outras, procurava não interferir, apenas escutar. Passavam a “contar” a história, mostrando as gravuras do livro para os demais colegas. De acordo com Vygotsky essas interações com a linguagem possibilitam a criança aprender a construir e organizar o pensamento.

20 de setembro de 2010

Reflexões 4° semana

Relacionando a fundamentação teórica do TCC no momento estou encontrando na Interdisciplina de Psicologia II os estágios de desenvolvimento da criança na teoria piagetiana. A prática de estágio foi realizada com crianças do Jardim II, faixa etária 5 anos, sendo esta etapa caracterizada segundo Piaget como a fase que predominam os valores vitais e sensoriais, quando se dá a passagem da identificação psíquica para a percepção do próprio ser, do egocentrismo. No mesmo sentido Nelly Novaes Coelho diz que nesta faixa etária aprofunda-se a descoberta do mundo concreto e do mundo da linguagem através de atividades lúdicas, tudo o que acontece ao redor da criança é, para ela, muito importante e significativo. A imagem predomina sobre o texto, a criança começa perceber a inter-relação entre o mundo real que a cerca e o mundo da palavra, mediada pelo adulto como um agente estimulador. Ainda Nelli Novaes Coelho explica que “os livros adequados a essa fase devem propor vivências radicas no cotidiano familiar à criança e apresentar determinadas características estilísticas: Predomínio absoluto da imagem (gravuras, ilustrações, desenhos, etc.), As imagens devem sugerir uma ituação (um acontecimento, um fato, etc), desenhos ou pinturas, coloridas o uem preto-e-branco, em traços ou linhas nítidas, ou em asas de cor que sejam simples e de fácil comunicação visual. "

12 de setembro de 2010

Reflexões para fundamentação teórica do TCC

No momento as pesquisas e leituras que estou realizando têm o objetivo de embasar a fundamentação teórica do TCC. Novamente destaco a interdisciplina de Psicologia, que tem sido muito importante, visto que de acordo com o tema do TCC será necessário caracterizar e fundamentar o período em que se encontra a criança de cinco anos de acordo com a teoria piagetiana. Considero a teoria uma das mais profundas dentre as que tive oportunidade de estudar e também a que contribui diretamente com o tema proposto.

Durante o estágio pude comprovar a concordância entre algumas reflexões feitas por Piaget e o comportamento das crianças, e é esta junção teoria-prática que pretendo destacar. Passei a explorar contos infantis pela vontade que as crianças apresentavam em ouvir histórias, folhear livros, pela necessidade que a turma apresentava em resolver conflitos próprios da idade como egocentrismo, respeito, etc.

O estágio pré-operatório (2 a 6 anos de idade) A simbologia surge com um papel fundamental nas brincadeiras, como são exemplo o “faz de conta”, as histórias, os fantoches, o desenho, o brincar com os objetos atribuindo-lhes outros significados, etc. Os jogos simbólicos são possíveis dado que, nesta fase, a criança já é capaz de produzir imagens mentais. A linguagem falada permite-lhe o uso de símbolos para substituir objetos.

Outra autora que vem contribuir para embasar a fundamentação teórica é Fanny Abramovich, da interdisciplina de Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem, que estudada mais profundamente traz argumentos como: quando as crianças ouvem histórias, passam a visualizar de forma mais clara, sentimentos que têm em relação ao mundo. As histórias trabalham problemas existenciais típicos da infância, como medos, sentimentos de inveja e de carinho, curiosidade, dor, perda, além de ensinarem infinitos assuntos. Abramovich (1997).

Continuarei nas próximas postagens retomando os autores para que possam me auxiliar na funamentação teórica.

6 de setembro de 2010

Contribuições das interdisciplinas para o TCC

Nos primeiros contatos que tive com o curso PEAD, não tinha noção de quanto conhecimento, de quanta informação poderia adquirir e ainda como tudo isso se linkaria de forma tão significativa com a prática do estágio e vice versa.

Com estágio foi que toda esta bagagem apareceu de forma visual, afinal era hora de colocar em prática o que acreditava.

Talvez uma das leituras mais interessante e que mais contribuíram para a formação da idéia que tenho hoje de educação, foi a Piagetiana, é incrível como consigo ver Piaget em praticamente tudo que faço, que observo na criança, pois Piaget procurou explicar como se dá a aprendizagem.

Durante meu estágio percebi que as aulas que tinham historias eram extremamente produtivas e que todo aquele imaginário refletia de forma muito significativa na construção do conhecimento (que tem um enfoque bastante sólido e construtivo no que se refere a Piaget) e foi nos eixos 1, 2 e 3, os quais estou revendo este mês, que tivemos a interdisciplina de Educação Infantil e Aprendizagem, Teatro e Educação, Psicologia I, Ludicidade e Educação, Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem que vêm diretamente contribuir com o tema que pensei diante da minha prática do estágio ser aquele sobre o qual eu mais queria saber que me despertou desejo de escrever e curiosidade.

25 de agosto de 2010

Reflexõs sobre TCC

Finalmente é chegado o último semestre, momento de fazer o TCC, o que, num primeiro momento, assusta, bom mais um desafio a ser vencido.

Ao realizar o relatório do estágio, no semestre anterior, um dos itens que deveríamos contemplar era “Proposta de investigação para o TCC” e neste deixei bem claro o meu desejo de abordar o tema: Literatura Infantil e como esta contribui no desenvolvimento infantil, pois durante minha prática os trabalhos desenvolvidos através dos contos infantis tiveram grande destaque.

A literatura tem uma tarefa fundamental a cumprir nesta sociedade em transformação: a de servir como agente de formação, seja no espontâneo convívio leitor-livro, seja no diálogo leitor-texto estimulado pela escola, uma vez que a leitura oferece às crianças oportunidades de integração entre sua vivência e suas experiências de mundo, faz-se necessário que o aluno receba uma orientação sobre como trabalhar esta atividade. É nesse recorte que pretendo inserir minha proposta de trabalho de conclusão do curso: Literatura Infantil.

Devo destacar que, sobre o tema acima referido, ainda há questões a serem definidas, na aula presencial de segunda-feira, momento em que teremos o primeiro contato com a orientadora do TCC, espero poder esclarecer dúvidas acerca do tema e dos demais aspectos que fazem parte do TCC, pois mesmo tendo lido as orientações e modelos disponibilizados pelo Seminário Integrador, preciso de orientações.

20 de junho de 2010

Reflexão 10° semana

“A criança é um ser social e também histórica que está inserida em uma sociedade na qual partilha de uma determinada cultura. É marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também contribui com ele. Piaget, (1994 )”.

Então, é preciso olhar para a criança como um ser humano, (que ainda em desenvolvimento não é adulto), é única, completa, com características físicas, psicológicas, afetivas, cognitivas e formas diferentes de agir, pensar, pensar, sentir e ao mesmo tempo em crescer que depende dos adultos na realização das diversas ações no seu dia-a-dia.

Portanto, deve-se oportunizar condições para que as crianças conforme os recursos que dispõem dirijam para si mesmas suas ações desenvolvendo assim, a responsabilidade, o senso crítico e a autonomia, através da apropriação de significados , ampliando progressivamente seus conhecimentos de modo contextualizado com estratégias apropriadas as diferentes fases do desenvolvimento infantil.

Segundo Machado (1996)”Não é atividade em si que ensina, mas a possibilidade de interagir de, de trocar experiências e partilhar significados é que possibilita às crianças o acesso a novos conhecimentos”.

Diante disso, o pedagógico da Educação Infantil, deve considerar os ritmos. O tempo é específico desta modalidade de ensino, assim como, todas as ações ali praticadas envolvem trocas afetivas em todos os momentos com as crianças, envolvem cuidados especiais, como alimentação, higiene, brincadeiras, jogos..., sem causar medos constrangimentos na formação da criança.Segundo o Referencial Curricular Nacional Para a Educação infantil a criança , como todo ser humano, é um sujeito social, histórico faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. Cabe a nós educadores ser sinalizadores nesta caminhada e na união de nossas informações e não descartando o meio em que este ser em formação está inserido.

13 de junho de 2010

Reflexão 9° semana

“A criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas. Tem desejo de estar próxima às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente. Ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação, as crianças sentem-se cada vez mais seguras para se expressar, podendo aprender, nas trocas sociais, com diferentes crianças e adultos cujas percepções e compreensões da realidade também são diversas”. (RCNEI, Volume 2, p. 21)

Dando continuidade ao projeto Eu e o meio, com enfoque no meio ambiente, evidenciando o lixo, durante esta semana foram realizadas atividades em que as crianças foram bastante participativas, a construção de panfletos para a campanha de conscientização foi uma atividade muito interessante, estava previsto a distribuição de panfletos para a comunidade escolar, contudo surgiu a idéia de fazermos uma campanha fora dos portões da escola, fomos à rua. As crianças se prepararam para passar as pessoas o que haviam aprendido. No decorrer da semana também construímos coletores para separar corretamente o lixo, e confeccionamos instrumentos musicais e brinquedos, fazendo uso de materiais recicláveis.

Devemos manter atitudes críticas, capazes de desenvolver a capacidade de problematizar, questionar, para que o conhecimento seja construído com bases sólidas. Me refiro, aqui, ao conhecimento de forma geral, aquele que utiliza a interdisciplinaridade, os relacionamentos, e isso deve ser feito desde a educação infantil. Segundo FREIRE (2001 p. 24): “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação teoria/prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo”.

Auxiliar os educandos a serem críticos, autônomos não é tarefa fácil para os educadores. Mas, se queremos uma sociedade mais pensante, só conseguiremos com pessoas que acreditem em si e que saibam o que estão fazendo, e isso começa em tenra idade.

6 de junho de 2010

Reflexão 8° semana

Refletir sobre os elementos que compõem o meio ambiente, como cuidar da água, da terra, do ar, preservar o ambiente, a natureza, também fazem parte da imaginação da criança, pois em seu cotidiano vivenciam experiências relacionadas ao meio ambiente.

Estamos enfrentando sérios problemas ambientais segundo SUERTEGARAY (2001, p. 11) afirma que “não é mais possível conceder ambiente como equivalente do natural. O ambiente por inteiro como se refere implica em privilegiar o homem como sujeito das transformações”.

Nesta semana o tema abordado foi Eu e o meio, com enfoque no meio ambiente, evidenciando o lixo, que seu uso inadequado no meio ambiente se reflete na poluição das águas, do ar, na degradação do solo, na saúde... De acordo com os padrões de consumo que acabam por determinar a qualidade e o tipo de lixo produzido. Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil “... a aprendizagem dos fatos, conceitos, procedimentos, atitudes e valores não se dá de forma descontextualizada. O acesso das crianças ao conhecimento elaborado pela ciências é mediado pelo mundo social e cultural”.

Diante disso, as atividades propostas e desenvolvidas com os alunos evidenciaram a importância de trabalhar a conscientização de novas mentalidades com atitudes diferentes, através da educação ambiental servindo como instrumento de mudança. Correspondendo a um processo educativo permanente, dinâmico, interativo, com enfoque interdisciplinar, permitindo o conhecimento das leis que regem a natureza, compreender as relações existentes entre os seres vivos e o meio ambiente, os problemas ambientais, locais e globais.

Portanto, possibilitar uma educação transformadora das relações entre os seres humanos e destes com a natureza e, com isso, contribuir para a construção de um mundo mais justo, sustentável... Considerando estas questões procurei abordar o tema “Eu e o meio – meio ambiente” dando ênfase ao lixo.

30 de maio de 2010

Reflexão 7° Semana

Uma das características relevantes da infância é a capacidade de fazer de conta, pois está ligada ao desenvolvimento físico e intelectual. Possibilita a criança expressar seus sentimentos espontâneos, livres e naturais.

O desenvolvimento de atividades lúdicas de recreação atende as necessidades biológicas da criança. Contribui na aprendizagem através da formação de regas que se joga em grupos com normas pré-estabelecidas, superando desafios adequando-se a limites, a comparação e a competição.

Segundo Kuste (1987) “Afirma que em se tratando de contribuir com a educação do individuo a recreação tem a função compensadora, pois lhe dá prazer e satisfação pessoal, possibilitando o reencontro com os movimentos com alegria, a descontração, a espontaneidade necessários à vida , na qual não temos mais tempo para pensar, para rir, ou para sonhar, então vamos nos recrear, divertir, renovar, refrescar, reanimar, recobrir e ativar o animo só com a ‘recreação’.”

Diante disso, desenvolvo com as crianças atividades em que o ponto de partida, o inicio seja através de regras, compreendidas e adaptadas a faixa etária em que se encontram, ficam mais fáceis de serem compreendida e postas em prática.

Noto que no dia a dia as crianças passaram a esperar sua vez para falar, sentem se satisfeitas, ativas, participativas, vencem com mais facilidade as dificuldades, estão sabendo lidar melhor com o saber ganhar e perder, a medida que vão se familiarizando com o jogo.

Através da contação de história utilizando o varal entre outras atividades e jogos desenvolvidos durante a semana houve a cooperação entre os alunos, interesse em superar desafios como no jogo da amarelinha, onde a aluna A. propôs outras regras como atribuir notas e símbolo aos vencedores registrando sua criatividade.

É interessante salientar, com base nos ensinamentos de Piaget “Resolver problemas, superar desafios, reequilibrar-se cognitivamente, eis a fonte dos progressos que conduzem à elaboração constante de estruturas novas”.

23 de maio de 2010

Reflexão 6° semana

“Prefiro pensar que o aprendizado vem dos primeiros contatos e vivências dos mestres que por longos anos tivemos, desde o maternal. As lembranças dos mestres que tivemos podem ter sido nosso primeiro aprendizado como professores. Suas imagens nos acompanham como as primeiras aprendizagens. (...) Repetimos traços de nossos mestres que, por sua vez, já repetiam traços de outros mestres. Esta especificidade do processo de nossa socialização profissional nos leva a pensar em algumas marcas que carregamos. São marcas permanentes e novas, ou marcas permanentes que se renovam, que se repetem, se atualizam ou superam”. (Miguel Arroyo, Ofício de Mestre, 2002, p. 124).

Nesta semana recebi a visita da Tutora Graciela, profissional competente, foi minha professora e supervisora no curso Normal Médio, onde tive meus primeiros contatos, vivências, e aprendizagens com o magistério.

No momento que recebi sua visita estava realizando trabalhos sobre a história “O Grande Rabanete”. Conversamos rapidamente, afinal eu estava ansiosa, nervosa, precisava de alguns esclarecimentos sobre o trabalho que estou desenvolvendo. A conversa deixou-me mais tranqüila. Após, foi o momento da Tutora conversar com a regente da turma.

Acredito que este momento é de suma importância para que a supervisão tenha a possibilidade de fazer uma leitura mais sólida do trabalho que está sendo desenvolvido.

16 de maio de 2010

Indisciplina

Seguir as regras básicas de boa convivência significa respeitar os outros e exigir respeito por si mesmo. Neste período de estágio tive momentos complicados em relação a disciplina, em uma aula foi necessário parar as atividades que estávamos realizando para fazer um momento de diálogo, reflexão e após construirmos um cartaz com as regras de convivência.

Diariamente é necessário relembrar as regras de convivência, explicando o motivo de segui-las, conforme cita Paul Mussen, “a criança, na instituição, vai assimilando as regras de acordo com a orientação do professor e também dos combinados do grupo. Cada regra, sem exceção, tem um motivo. É fundamental que a criança saiba o porquê de cada regra para que faça com consciência e não apenas em caráter de obediência.”

Portanto, penso que a criança precisa de limites para que saiba o que pode e o que não pode fazer e ao mesmo tempo possa participar das decisões.

9 de maio de 2010

Reflexões

Desde o início do estágio uma das perguntas mais freqüentes feita pelos alunos é: “Quando vou aprender ler e escrever?” as crianças estão na faixa etária de 5 anos. Alguns já escrevem seus nomes, outros escrevem espelhado, e ainda há alguns que precisam da “plaquinha” (plaquinha é um quadrado de EVA que possui o nome do aluno escrito com a letra bastão), pois escrevem somente as vogais de seus nomes, com auxílio da plaquinha conseguem reproduzir o que está escrito, a maioria reconhece as vogais e algumas consoantes (geralmente as letras que compõe seus nomes). Demonstram muito interesse pela leitura e escrita.

Nas situações em que observam materiais escritos desperta ainda mais a curiosidade para ler e escrever, exemplo são os livros infantis, além de apreciarem muito os contos infantis, observam as palavras procurando identificar as letras que conhecem, associando primeiramente a seus nomes e de seus familiares.

Conforme Emília Ferreiro “Antigamente, acreditava-se que a criança somente se alfabetizava quando submetida a um ensino sistemático. Isto é, salientava-se, em primeiro lugar, uma percepção motora e conceitual, a qual se chamava ‘prontidão’ e inseria-se a criança, gradativamente, no mundo da escrita, apresentando-lhe as letras uma a uma, como se essa criança fosse incapaz de perceber e aprender a partir de suas próprias curiosidades e vontade.”

Entendo e estou observando em minha prática que a leitura e escrita dependem muito mais das situações, “ocasiões sociais”, em que a criança tem contato com a língua escrita, como citei anteriormente, situações em que observam materiais escritos.
Também tenho disponibilizado alfabeto móvel, que tem sido muito útil, permitindo que as crianças observem o traçado das letras, concentrem-se em decidir quais letras são necessárias para escrita de seus nomes.

19 de abril de 2010

Planejamento

No desenvolvimento do projeto e dos planos de aula estou procurando criar aulas dinâmicas e prazerosas, com a finalidade de despertar a atenção e o interesse dos alunos de forma desafiadora e investigativa, buscando a autonomia, e estabelecendo relações de interação entre professor X aluno e aluno X aluno.

De acordo com Vasconcelos (1995):

"Planejar implica, pois, acreditar na possibilidade de mudança e na necessidade da mediação teórico-metodológico. Para que a ação de projetar seja carregada de sentido, é preciso, então, que o educador acredite na possibilidade de mudança da realidade e compreenda o planejamento como uma mediação necessária para esta mudança."

O planejamento permite que possamos ter uma previsão das condições e dos meios necessários para realizar as atividades, a fim de poder executar com eficácia.

11 de abril de 2010

Aula presencial

Na aula presencial do dia 05 de abril fomos apresentadas para a nossa supervisora de estágio Hilda Jaqueline e a tutora Alda Glaciela, as quais irão nos orientar nesta jornada. Durante a aula falamos sobre nossas expectativas, apresentamos o esboço do planejamento, esclarecemos dúvidas pertinentes ao planejamento, atividades a serem elaboradas, entre outras. Também compartilhamos das ansiedades, medos, dúvidas que o estágio nos apresenta. Fomos orientadas que além das postagens dos planos de aula devemos refletir e expor sobre nossa prática, abordando os pontos significativos. Quanto ao planejamento, conforme colocou a professora Hilda “...importante, além de criar, é promover a interdisciplinariedade...”.

28 de março de 2010

Expectativas do estágio

Inicia-se mais um semestre, reta final do curso, este início de semestre está sendo marcado por ansiedade, expectativas e medo. É chegado o momento da prática e de unir esta a teoria adquirida na nossa formação. Está sendo necessário rever materiais, atividades elaboradas no decorrer do curso, para o planejamento.

Optei realizar o estágio com o Jardim II na Escola Municipal de Educação Infantil Menino Jesus de Praga, será a primeira experiência com Educação Infantil, estive conversando com a direção, a professora regente e a atendente, realizando observações durante esta semana (22/03 a 26/03). Por ser uma experiência nova neste semestre, esta vem acompanhada do medo de não conseguir atender as expectativas propostas pelo curso, contudo, penso que será uma etapa a ser vencida, como as anteriores, proporcionando novas aprendizagens de forma gratificante.

21 de novembro de 2009

Considerações sobre o trabalho pedagógico de Maria Montessori e Célestin Freinet

Ao estudar sobre o enfoque temático 8 foi nos apresentado dois pedagogos: Freinet e Montessori, os quais contribuíram com inovações pedagógicas que conheci e utilizei quando aluna nas séries iniciais que acredito contribuíram com o meu desenvolvimento e na compreensão dos conteúdos. Neste momento consigo identificar em que autores as professoras se baseavam para aplicá-los em suas aulas. Portanto as atividades eram planejadas com base em pressupostos pedagógicos que tinham conhecimento e acreditavam ser eficientes.

Ainda hoje reconheço nas salas de aula a pedagogia de Freinet cantinhos de aprendizagem onde o material didático é organizado e os alunos podem escolher atividades, pesquisar, produzir textos as correspondências inter-escolar para trocar informações e dar sentido a escrita as aulas-passeio: “tem quatro etapas: a motivação, a preparação, a ação e a comunicação.” (Revista Nova Escola, Janeiro 2001).

Porém entendo que levar os alunos para aulas-passeio e organizar a sala em cantinhos, ignorando aspectos sociais e políticos ao redor da escola não estão de acordo com as idéias de Freinet, pois para o pedagogo era preciso aproximar as crianças do conhecimento do seu entorno para transformá-lo, modificando assim o meio em que vivem. Como o conhecido estudo do meio ainda tão utilizado e adequado para conhecer a realidade, história de vida.

Para Montessori a criança precisa entrar em contato com o concreto para depois abstrair o conhecimento.

Os materiais didáticos colocados nos links deste enfoque criados pela pedagoga como o Material Dourado que proporcionam uma melhor compreensão da apropriação do sistema de numeração decimal de forma lúdica e concreta ainda é percebido nas escolas.

Desta forma é possível constatar com os estudos desta interdisciplina as atividades pedagógicas realizadas partem de pressupostos teóricos, de diferentes autores, em momentos e locais diversos, mas que buscam qualificar a educação e provocar mudanças.

15 de novembro de 2009

Reflexões sobre as aprendizagens

Ao realizar as atividades das interdisciplinas do Eixo VII consigo perceber claramente a articulação entre as interdisciplinas. A alfabetização de jovens e adultos baseada na concepção de valorização de múltiplas linguagens para dar sentido a aprendizagem ao resgatar a visão de mundo dos alunos para compreender e transformar o mundo que os cerca, conectando com a Linguagem da Educação onde os conceitos de letramento e alfabetização foram bem enfocados. A importância da oralidade, da escrita e da leitura.

“São as diferentes formas de oralidade, leitura e escrita, que se agregam ao substituem as anteriores, possibilitando outras aprendizagens, outros tipos de produção e recepção de conhecimentos...a escola enfrenta o desafio de incorporar ao currículo essas demandas sociais e culturais e de articular meios para responder a elas”. Texto: A leitura, a escrita e a oralidade como artefatos culturais (Dall, Zen; Trindade, 2002).

A interdisciplina de Didática, Planejamento e Avaliação enfatiza a importância do trabalho integrado em sala de aula e suas relações com a economia e a política vigentes em diferentes épocas e contextos sociais e históricos no modelo de educação brasileira.

“Que a leitura de um texto é tanto melhor compreendida quanto mais se insere o texto no contexto” Frei Betto (Ivo viu a uva).

O planejamento de um dia de aula abrange aspectos relacionados com diversos textos, incluindo seminário Integrador VII através da construção dos PAs que é uma metodologia que evidencia o planejamento através da análise e reformulações durante o desenvolvimento com argumentação. O que desenvolve a autonomia como processo de construção de aprendizagens significativas.

Na interdisciplina de Libras compreendi que a língua dos surdos é uma língua natural, gestual e visual com expressão facial e corporal que interage na sociedade, esta deve ser tratada de forma legal com respeito por todos os que se envolvem com estas pessoas, sejam familiares, escolas, políticas públicas e a sociedade em geral. Por outro lado é notável que a comunidade surda conseguiu avançar através da intensificação de suas lutas, buscando meios adequados para o atendimento que contemple esta parcela da população que enfrenta dificuldades junto a seus familiares, na escola, no acesso ao trabalho limitando as oportunidades oferecidas pelo contexto social.

Linguagem e Educação

No decorrer da história o conceito de alfabetização foi se modificando em razão das necessidades sociais e políticas, lembro quando a alfabetização das crianças (recordo aqui a minha alfabetização) se dava com uma cartilha e com a junção de símbolos gráficos sem que fosse considerado todo conhecimento prévio que a criança traz do seu dia-a-dia para a sala de aula e a codificação e decodificação era o foco desta metodologia, sendo que ainda encontramos práticas semelhantes.

Dar significado a função da alfabetização, favorecer a exploração pela criança do funcionamento da língua escrita foram se tornando necessidades cada vez mais evidentes. Atualmente a leitura e a escrita estão presentes em todos os espaços e em todos os momentos, sendo necessário não ignorar os conhecimentos prévios trazidos pela criança. Letrar e alfabetizar devem ser práticas co-relacionadas, visto que o letramento é a introdução da criança e do adulto em práticas sociais de leitura, de escrita e de oralidade independente do domínio do código escrito (Soares, 2004), já a alfabetização é o acesso a tecnologia de leitura e de escrita (Soares, 2004).

Diante disto é na sala de aula, o espaço onde estes alunos poderão ter oportunidade de estar em contato, manusear, fazer uso de materiais que envolvam a leitura e a escrita. O papel do professor é ser um mediador na exploração destes materiais, sem, contudo deixar de valorizar os conhecimentos prévios, favorecendo novas descobertas e a apropriação do sistema da escrita e da leitura.

Obs.: Reformulação da postagem feita em 24 de outubro de 2009, conforme os questionamentos da Tutora Rosângela.

Projetos de Aprendizagem

A metodologia de trabalho baseada em Projetos de Aprendizagens, independente do nível ou modalidade de ensino possibilita a reflexão de assuntos, temas, que sejam de interesse dos alunos que irá gerar um questionamento resultando no ponto de partida da pesquisa, onde o professor será o mediador deste processo.

Percebendo o nosso cotidiano onde as mudanças e informações são constantes temos menos certezas e ainda precisamos estar mais abertos às mudanças e, além disso, dispostos a acompanhá-las. Ter no espaço escolar “este tipo de proposta, a idéia é a de que o aluno ‘Precisa aprender a entregar-se com alegria à aventura de soltar a imaginação e a inteligência para criar e construir o novo, sempre disposto a reconstruir, na medida em que entende a relatividade do produzido” (Magdalena e Costa, pg. 93, 2003) como um ponto significativo na formação do cidadão.

A partir do momento em que o aluno participa ativamente da aula, se sente capaz de colaborar, contextualizar suas aprendizagens, talvez esteja aí uma “ação” que causará uma “reflexão” e como conseqüência seria uma sociedade melhor onde a escola estará fazendo seu trabalho social: o aluno como parte viva deste processo.

É possível que este resgate do aluno seja um dos caminhos para amenizar os conflitos pelos quais a escola esta passando atualmente, como o desinteresse e a falta de apego ao ambiente escolar.

A metodologia de Projetos seria então uma maneira bastante democrática de educar que nos permite entender a curiosidade dos alunos, fazê-los pensar e utilizar instrumentos que ajudem no norte da pesquisa que parte da questão inicial e busca cada vez mais acrescentar conhecimento sem que se determine o seu fim.

Obs.: Reformulação da postagem feita em 31 de outubro de 2009, conforme os questionamentos da Tutora Rosângela.

31 de outubro de 2009

Projetos de Aprendizagem

A metodologia de trabalho baseada em Projetos de Aprendizagens possibilita refletir sobre possibilidades interessantes partindo dos interesses das necessidades dos alunos, tendo como ponto de partida a pergunta inicial, independente do nível ou modalidade de ensino e idade.

Analisando a contemporaneidade, onde passamos por constantes mudanças, passou o tempo de trabalharmos pautados em certezas, hoje nos deparamos com incertezas, com a falta de clareza, com tecnologias possibilitando o acesso fácil e rápido em qualquer lugar do mundo. Estes e outros elementos estão diretamente relacionados a família, a escola tem muito a ver com a prática pedagógica do professor, perpassando os muros da escola.

Convivemos diariamente com situações de indisciplina, falta de respeito, valores. Diante disso sabemos que é através da Educação em que as escolas contribuem de forma significativa na formação do cidadão. Logo a Pedagogia de Projetos executada através dum planejamento onde os alunos se percebam como co-participantes, responsáveis pela construção e efetivação de suas aprendizagens de forma significativa, contextualizada, possam como cidadãos participar e transformar a sociedade através da ação, reflexão, com autonomia, consciência e criticidade. Sendo assim penso que esta possibilidade de trabalhar com esta metodologia seja um caminho para combater os conflitos pelos quais a escola esta passando atualmente.

Didática

O trabalho com projetos parte do interesse, da curiosidade, e das dúvidas dos alunos fazendo uma conexão com os conhecimentos que o aluno possui, sendo que os conteúdos não são trabalhados de uma forma rígida, pois segue a lógica de raciocínio dos alunos e integra os conteúdos de forma interdisciplinar. É também uma maneira de organizar hipóteses ao construir as dúvidas e as certezas favorecendo o desenvolvimento do poder da argumentação. Estes aspectos são positivos porque tornam a aprendizagem significativa e a apropriação dos conhecimentos não é estabelecida pelo professor, possibilita o debate a participação ativa a troca de saberes e o registro de diversas formas enquanto que nos centros de interesses os conteúdos são agrupados e as atividades realizadas em torno de temas centrais de grande significação para a criança de forma globalizada extraídos do contexto em que vivem.

São aspectos muito importantes para aprendizagem dos alunos porque enriquece torna mais hábil e aplica conhecimentos para resolver diferentes situações que são propostas ou que surgem em seu dia a dia.

Neste sentido a relação com o planejamento esta no entendimento de que toda ação pedagógica deve estar sustentada por pressupostos teóricos que explicitem as concepções, pois eles estabelecem as linhas traçadas no trabalho ao definir procedimentos e estratégias em métodos. É na teoria que buscamos as referências para as práticas e repensamos as mudanças para melhorar a qualidade do ensino.

A frase de Arroyo, 1994, menciona que mudar discursos sem mudar ações e as formas de intervir na aprendizagem do aluno não tem embasamento teórico e se torna vazia de conteúdo e de argumentos.

É através do conhecimento que podemos produzir transformações que qualifiquem a nossa prática pedagógica em nossas escolas.

Obs.: Reformulação da postagem feita em 31 de outubro de 2009, conforme os questionamentos da Tutora Rosângela.

Libras

A partir dos estudos na interdisciplina de Libras posso afirmar que até então meu conhecimento era quase inexistente sobre a cultura surda, assim como conhecer e conviver com pessoas surdas.

Com base nas leituras, destaco aspectos, que para mim, são bastante interessantes. Para mencionar que uma pessoa é surda utilizava o termo surdo-mudo, percebo, agora, a ignorância frente a determinados termos. A pessoa surda pode não ser muda “a mudes significa que a pessoa não imite sons orais”, o sujeito surdo é o que tem acesso a Libras, sendo esta sua língua, já os que não possuem Libras como língua são considerados deficientes auditivos.

“A Libras é a língua das comunidades surdas, foi criada e é usada pelos surdos no Brasil” (A leitura do mundo precede a leitura da palavra), o acesso a Libras permite que o sujeito possa interagir melhor com o mundo, que este aprenda e tenha uma vida saudável, afinal ser surdo não quer dizer que o sujeito não tenha capacidade cognitiva.

Outro tópico a ser destacado é a comunicação com o surdo, não tinha claro como deveríamos nos comunicar, salientei em meu trabalho que “ao conversar com pessoas surdas devem ser feitas algumas ponderações, tais como: não gritar ou falar alto demais, ser expressivo, as expressões faciais, gestos, movimentos, sinais, contato visual são indicadores que podem contribuir para o entendimento para nesta relação”.

Desta forma conhecer e refletir sobre esta cultura esta sendo muito interessante e enriquecedor.

30 de outubro de 2009

EJA

A interdisciplina da EJA esta sendo bastante rica, estou aprendendo muitos conceitos novos e ampliando meus conhecimentos sobre esta modalidade de ensino até então pouco conhecida, principalmente sobre a alfabetização num contexto diferenciado.

A educação de jovens e adultos em sua trajetória histórica não esteve inserida nas políticas educacionais mais amplas no Brasil. Geralmente eram organizados cursos, programas, projetos de certa duração que não alcançavam os objetivos que deveriam, pois as pessoas não devem apenas se alfabetizar, mas fazer uso das práticas de leitura e de escrita compreensivas que a sociedade cada vez exige.

“A noção de alfabetização precisava alicerçar-se num projeto ético e político que dignificasse e ampliasse as possibilidades de vida e de liberdade humana”. Henry Giroux: Alfabetização e a pedagogia do empowerment político.

Considero que no ambiente escolar o aluno deve ter oportunidade de manifestar seus pensamentos, identificando através dos conhecimentos como sujeito construtor da história de sua vida e da sociedade. E que este conhecimento possibilite analisar criticamente para posicionar-se com argumentos bem formulados e para lutar por melhorias na qualidade de vida sua e coletiva.

Para que estas mudanças ocorram o currículo deve ser integrado entre o saber formal (escolarizado) e o senso comum que é constituído pelos conhecimentos apresentados pelo aluno, Portanto a estrutura curricular deve abrir espaço também para as peculiaridades e problemas de vida do aluno.

Como é emocionante ouvir o depoimento de um adulto ao relatar o processo e o contentamento apropriar-se de novos conhecimentos, da leitura e da escrita numa fase da vida em que muitos, inclusive os familiares, consideram como inadequada para ingressar ou retornar a uma sala de aula como tivemos a oportunidade de assistir no vídeo na última aula presencial.

24 de outubro de 2009

Linguagem

No decorrer da história o conceito de alfabetização foi se modificando em razão das necessidades sociais e políticas.

Vivemos numa sociedade em que a leitura e a escrita estão presentes em todos os espaços e em todos os momentos. Fora da escola esse saber é adquirido pela criança, pelo jovem quando estes têm acesso aos diferentes meios proporcionados pelos adultos e participam das práticas de leitura, escrita e oralidade. Contudo há de se considerar que muitos alunos chegam a escola sem ter tido a possibilidade de conviver com estes artefatos culturais.

Diante disto é na sala de aula, o espaço onde estes alunos poderão ter oportunidade de estar em contato, manusear, fazer uso de materiais que envolvam a leitura e a escrita. O papel do professor é ser um orientador na exploração destes materiais, sem contudo deixar de valorizar os conhecimentos prévios, favorecendo novas descobertas a apropriação do sistema da escrita e da leitura.

21 de junho de 2009

INCLUSÃO

A exclusão social é resultado de uma realidade que exclui e se apresenta de múltiplas formas, seja por questões financeiras, de gênero, raça, etnia e de geração, entre outras, nossa sociedade ao longo dos tempos, foi produzindo um modelo de pessoa ideal e, com isso, as pessoas que não se encaixam nesse padrão correm o risco de serem excluídas. E isso ocorre com vários grupos sociais, onde, entre eles, estão as pessoas com deficiência.

Esse é um tema relevante e desafiador para o conjunto da sociedade e dos poderes públicos, na medida em que, ao longo da história, as pessoas com deficiência foram consideradas como inúteis e improdutivas. “A humanidade sempre recorreu aos mitos para explicar e justificar a deficiência física ou mental das pessoas com deficiência, por vezes, tiveram seus vínculos familiares e sociais fragilizados ou rompidos, através do descaso, abandono das famílias, como também através do isolamento em instituições.

É importante destacar que há vários tipos de deficiência, como as mentais, físicas ou sensoriais. Temos que entender que todas as pessoas com deficiência. Isso se deve a forma de organização e funcionamento de uma sociedade excludente onde estamos inseridos. Questões genéticas e enfermidades pré-natais, uma bala perdida, um acidente de trânsito ou no trabalho, um tombo de cavalo, a precariedade na qualidade da alimentação, a falta de saneamento básico, o uso de agrotóxicos e outras situações ou fatos trágicos, podem levar à perda da capacidade motora, sensorial e intelectual ou mental e consequentemente, a uma deficiência.

As pessoas que têm algum tipo de deficiência, além da discriminação que sofrem pela situação em que se encontram, vivem também a realidade de desemprego e de não acesso a políticas básicas como é o caso da educação e do trabalho.

Essas pessoas também sofrem com barreiras ambientais, arquitetônicos, comunicacionais e instrumentais, entre outras, que impedem o direito de ir e vir. A maioria das pessoas com deficiência não tem acesso a logradouros esportivos, de lazer, de recreação e turísticos.

Constantemente, ouvimos falar em palavra como: paralítico, portador de necessidades, excepcionais, mongolóide, aleijado, cego, retardado...expressões usadas para designar as pessoas com deficiência vem do latim, “deficientia” e significa falta, enfraquecimento, abandono. A noção de deficiência é complexa está associada com a idéia de imperfeição, fraqueza, carência, perda de qualidade e quantidade, seu emprego exige cuidado e reflexão.

Contudo é importante destacar que a deficiência não é negativa em si mesma, mas traduz uma realidade. Não se trata, portanto, de algo que traduz a essência ou o caráter de uma pessoa. Nesse sentido, a pessoa deve ser vista na deficiência e não como um deficiente.

Deficiência também não é sinônimo de incapacidade, ao contrário, através do acompanhamento solidário das famílias e da implementação de políticas de qualidade, é possível construir uma rede de apoio e de atendimento, em vista do fortalecimento da autonomia e protagonismo das pessoas com deficiência.

Obs.: Parte dessa postagem foi retirada do trabalho realizado no meu estágio do magistério, juntamente com as aprendizagens adquiridas durante este semestre na interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Especiais na Educação.

14 de junho de 2009

Comentário sobre a conferencia: “O discurso da Flexibilização e Inclusão Social nas Políticas e Gestão Educativas”

De 27 a 30 de maio de 2009 estive participando do III Simpósio Internacional VI Fórum Nacional de Educação, destaco meu entendimento sobre a conferência ministrada pela professora Acácia Zeneida Küenzer, professora da Universidade Federal do Paraná - Brasil, abordando o tema “O discurso da Flexibilização e Inclusão Social nas Políticas e Gestão Educativas”.
Segundo a professora Acácia, a sociedade contemporânea tem sofrido algumas mudanças, passando por um acelerado meio de destruição e reconstrução de habilidades. Atualmente os trabalhadores não devem apenas reproduzir de forma sistemática o que lhes foi ensinado, devem, sim, ser flexíveis e estar preparados para acompanharem as mudanças.
A partir deste discurso, da necessidade de termos profissionais flexíveis, emerge um novo discurso pedagógico, aí entra o papel do educador, através da educação contribuindo na formação deste indivíduo. Estar preparado para o mercado de trabalho não é apenas ter conhecimento teórico, mas aliar teoria e prática, ou seja, o conceito de trabalho não é mais saber fazer, mas enfrentar eventos. O que há de novo nesta concepção é que a produção e o consumo na acumulação flexível passam a demandar uma relação com o conhecimento sistemático, de natureza teórica, mediado pelo domínio de competências cognitivas complexas.
Neste sentido a escola deve integrar o conhecimento científico juntamente com a prática, para que a educação sirva como meio de promoção da cultura, sendo importante mostrar a responsabilidade dos formadores, principalmente dos que atuam na educação.

Índios e Negros no Brasil

A interdisciplina Questões Étnicos Raciais na Educação, Sociologia e História esta proporcionando uma nova visão de como trabalharmos, na sala de aula, a história e cultura do nosso povo, da nossa identidade e ancestralidade. Ao tratarmos a temática do negro e do índio, muitas vezes estes temas não ganham profundidade e nem o cuidado necessário, colaborando, assim, para que as crianças criem noções equivocadas. Em relação ao negro, por exemplo “nosso conhecimento começa na entrada do negro no Brasil, como escravizado, mercadoria, descalço, semi-nu e selvagem. É conhecido de poucos a história do africano livre, senhor de sua vida, produtor de sua cultura”, quanto ao índio, acreditamos que todos possuem os mesmo hábitos e costumes, não conhecemos as etnias indígenas no Brasil tão pouco sabemos as grandes diferenças entre estas etnias. É preciso que haja um maior esclarecimento em relação à diversidade cultural dos povos afros e indígenas.
Desta forma devemos colaborar na construção de novos conceitos da representação étnica em que índios e afro-descentes possam ser orgulhosamente incorporados no contexto social. “Assim, estaremos estabelecendo um novo patamar, em que se apresentará a imagem equilibrada e justa de um país que deve orgulhar-se de ser o que é: um grande mosaico de raças e culturas”.

13 de junho de 2009

Comentário sobre o texto: OS ÍNDIOS NO BRASIL QUEM SÃO E QUANTOS SÃO

A leitura do texto “OS ÍNDIOS NO BRASIL QUEM SÃO E QUANTOS SÃO”, escrito pelo representante do povo Baniwa, Gersen dos Santos Luciano, proporcionou o conhecimento de novos dados sobre a população indígena brasileira, sua cultura e também sua realidade na sociedade desde o primeiro contato com o branco. Os tópicos apresentados no texto foram bastante proveitosos já que muitos deles são novos e trazem informações mais detalhadas sobre o assunto, ou seja, tópicos pouco trabalhados na realidade escolar. Há também que se citar os conceitos entre índio que “significa falar de uma diversidade de povos, habitantes originários das terras conhecidas na atualidade como continente americano” e indígena tão bem diferenciado no texto bem como a idéia do que seria caboclo, conforme o texto “caboclo seria aquele que nega sua origem nativa, mas que por não poder ainda se reconhecer branco se identificava com o mais próximo possível do branco”.

Por fim cabe salientar que seria de grande valia que estes conceitos fossem melhor trabalhados nas escolas e que fossem melhor debatidos desde as séries iniciais para que assim formássemos estudantes mais conscientizados e esclarecidos sobre a cultura indígena.

Reflexão sobre educação - Kant

A leitura do polígrafo sobre Kant “Sobre a Pedagogia” é bastante rico em conceitualizações ao mesmo tempo em que o autor tem o enfoque bastante definido sobre o processo educacional do ser humano como um ser em constante formação. O autor cita várias conceitualizações que nos ajudam a entender a finalidade da existência humana e como fazer do homem um ser melhor, talvez possa se resumir seu processo educacional em quatro tópicos bastante definidos: primeiro o ser disciplinado consistindo em domar a selvageria. Tornar-se culto como sendo a posse de uma capacidade condizente com os fins que almejamos. A prudência, esta como sendo um cuidado a ser tomado pela educação referindo-se a certos modos corteses gentilezas entre outros. E por fim a moralização como sendo a capacidade de escolher os bons fins aprovados por todos e ao mesmo tempo sendo individuais. Kant entende o homem como um ser que pode ser treinado, disciplinado e instruído, sendo que destes tópicos o mais importante é a moralidade, pois o autor questiona que como poderia haver homens felizes se não os tornamos morais e sábios. (?)

11 de junho de 2009

Conceitos Piagetianos


Foi importante realizar o trabalho proposto sobre os conceitos da epistemologia genética, pois através deste foi possível perceber que os conceitos se interligam e se completam. Também foi possível ter noção da divisão e da função das fases, ou seja, da necessidade de se entender cada uma para perceber a passagem de uma ara outra e o momento em que existe a “mistura” de mais de um conceito da mesma realidade.

1 de maio de 2009

Piaget e os estágios de desenvolvimento

O desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget, é um processo contínuo. As mudanças qualitativas das estruturas cognitivas, que ocorrem no decorrer desse processo, servem de índice par caracterizar os diferentes estágios de desenvolvimento. Cada estágio envolve um período de gênese e um período de consolidação.

Piaget distinguiu quatro estágios no desenvolvimento cognitivo:

1- estágio da inteligência sensório-motora (do nascimento, até por volta de 1 ano e meio a 2 anos) no curso do qual ocorre a objetivação e especificação dos esquemas da inteligência prática;
2- estágio pré-operatório (dos 2 aos 7 anos) função simbólica (linguagem), organizações representativas, pensamento intuitivo, regulação representativa articulada;
3- estágios das operações concretas (dos 7 aos 11 anos) no curso do qual se consolidam as operações concretas de classes de relações, e o pensamento se torna reversível. A reversibilidade (por reciprocidade e por negação) são usadas, independentemente, uma pela outra;
4- estágios das operações formais (dos 11-12 anos por volta dos 14 anos) em que as estruturas cognitivas alcançam reversibilidade completa e o raciocínio abstrato torna-se possível.

Entender cada estágio do desenvolvimento segundo Piaget, abriu muito minha mente meu modo de pensar. É um aprendizado muito significativo já que pode ser visto na prática a partir do momento em que vemos nossos alunos com outros olhos de educador interessado na realidade e na real capacidade de cada aluno como um ser único e individual e principalmente como alguém resultado daquilo que teve oportunidade, daquilo que foi exposto a vivenciar, e além de poder visualizar a teoria na prática (daí a razão mais interessante do trabalho) pude estar mais ciente das características de cada estágio do desenvolvimento de que é possível ver estas fases se mesclarem, se confundirem em sua normal evolução.

"O dilema do antropólogo frances"

O texto proposto “O dilema do antropólogo francês” foi sem duvida alvo que fez pensar o que seria a opinião correta ou ainda o que seria mais adequado raciocinar sobre determinado assunto, de qualquer maneira o que há de se considerar é que o certo ou errado depende dos olhos de quem vê e é claro de sua carga cultural, como afirma o próprio texto: “toda avaliação esta condicionada pela cultura do avaliador o que não esta sendo diferente no momento em que escrevo este texto. Por fim, entender e analisar a idéia geral do texto é que nos proporciona o crescimento, bem como é na socialização destas idéias que melhoramos, que nos desempenhamos de maneira mais concreta sem falar que o dilema do antropólogo não é algo utópico, ao contrário pode ser um paralelo de muitas situações com a qual nos deparamos.

Inclusão: Utopia ou Possibilidade

Um dos principais problemas enfrentados pelas pessoas portadoras de deficiência é o de serem socialmente aceitas. Creio que seja atribuído as concepções construídas, nos acostumamos a entender a deficiência como uma doença, incapacidade (do sujeito e seus familiares), como sociedade temos as dificuldades de aceitar a inclusão dessas pessoas, isso implica em transpor barreiras, em modificar atitudes.

Para que aconteça a inclusão social a sociedade também deve se transformar para acolher dignamente todos os cidadãos. É preciso acreditar que todos são dignos, capazes tem igual valor. É superar preconceitos, pelo conhecimento, pela convivência, por se colocar no lugar do outro.

A inclusão é um processo contínuo pela superação de obstáculos que impedem as pessoas de terem acesso pleno a sociedade.

A Resolução CNE/CEB n°2 esclarece muitos pontos que a LDB 9394/96 não havia deixado bem claro. Esta Resolução institui as Diretrizes Nacionais para educação de alunos que apresentam necessidade educacionais especiais na educação básica, que abrange desde a educação infantil. Diz quais as funções do sistema de ensino.

Penso que isso foi um grande avanço social, possibilitar ao deficiente acesso e permanência a escola regular, passando a ter condições de conviver com a diversidade, assim como os que não são portadores de deficiência aprenderão a valorizar o outro independentemente de sua condição física ou mental.

Contudo para que haja realmente visibilidade é necessário a escola entender que a educação é um direito da criança e, que não compete a escola escolher quem vai estar nela. A partir disso desenvolver um projeto pedagógico que contemple a pluralidade cultural e aprender a lidar com essa riqueza diversificada.

Talvez isso seja um tanto utópico ainda, devido as concepções enraizadas em modelos que precisam ser revistos para atender e entender o momento social que vivemos em nosso cotidiano escolar.

Superar preconceitos, buscar formação, apoio, trabalhar em equipe, reinvidicar os serviços de apoio pedagógicos especializados, a fiscalização e o cumprimento da lei são alguns indicativos que poderão contribuir no desenvolvimento do processo de promoção de inclusão, para que esta se torne natural deve ser encarada com responsabilidade. Nota-se que existem avanços nesta questão, ainda tem muito a ser feito. O Brasil como bem sabemos é um país com problemas sociais, mas com evidencias de alguns avanços, o desafio esta lançado, a informação e formação poderão nos auxiliar a combater a exclusão, dando passos rumo a liberdade no caminho da vida, superando preconceitos, promovendo desta forma a cidadania

19 de abril de 2009

Ensino/Aprendizagem

O ensino/aprendizagem são temas pertinentes nas atividades docentes, muitas vezes este tema leva a entender que o ensino resulta em aprendizagem, contudo não é necessário que alguém ensine para que haja aprendizagem e mesmo quando alguém nos ensina não significa que esta havendo uma aprendizagem.

Aprendizagem ocorre desde o nascimento e nos acompanha durante a vida, é na interação com o meio, com as pessoas, objetos, com as situações que vamos acumulando informações e experiências, assim podendo compreender o mundo, aprender. Desta forma a aprendizagem não esta ligada somente as atividades escolares.

Nesse sentido pude compreender o ensino/aprendizagem numa perspectiva interacionista que valoriza os conhecimentos prévios dos alunos, acredita que para haver aprendizagem é necessário haver ação sobre o objeto, a criança precisa experimentar, observar, ter contato, ler, refletir, questionar... Apenas sentada, ouvindo o professor não garante que a criança tenha uma aprendizagem.

Desta forma, o professor deve proporcionar ao aluno oportunidades para que ele interaja com o meio, questionando e desafiando o educando, estando disposto a aprender com os alunos.

30 de março de 2009

Reflexão sobre Projetos de Aprendizagem

Fazer um projeto de aprendizagem não foi tarefa fácil, não num primeiro momento, pois ainda estava acostumada com projeto de pesquisa, em que é lançada uma pergunta e facilmente encontramos uma reposta, projeto de aprendizagem envolve muito mais do que buscar uma simples resposta para um questionamento, surge de uma pergunta complexa, de uma problematização, que não tenha apenas uma resposta, os indivíduos já possuem dúvidas e certezas acerca desta problematização, já tem um conhecimento prévio, e a partir disso deverão iniciar a busca pelas repostas.

A busca pelas repostas acontecerá de diversas formas, não podemos nos focar somente em bibliografias (em respostas prontas), lógico que são fundamentais, mas há outras formas de buscarmos uma solução para o questionamento, em nosso projeto foi necessário fazermos pesquisas de campo, entrevistas, refletir sobre as concepções que tínhamos e se estas estavam “corretas” ou não, houve muita discussão entre o grupo, troca de informações. Utilizamos diversos ambientes virtuais (fórum, blog, e-mail, webfolio), outra ferramenta que nos foi muito útil chama-se CmapTools, um software que podemos construir mapas conceituais, que nos auxiliou no desenvolvimento do projeto.

Segundo orientações da professora Nádie este tipo de projeto “propõe outra forma de construir conhecimento, também se fundamenta na busca de resposta a uma pergunta, contudo se constrói em cima daquilo que os participantes têm como certezas e dúvidas”, com este tipo de trabalho levantamos hipóteses, podemos ou não confirmar uma suspeita.

Acredito que devemos desenvolver esta forma de projeto em sala de aula, primeiramente selecionamos as curiosidades que os educandos vem apresentando, sondando quais conhecimentos eles têm acerca dessas curiosidades, o que pensam, feito isto passamos para um próximo passo que é pensar como fazer essa transposição didática do conteúdo, que relações podemos estabelecer com o contexto do educando e como trabalhar este tema de uma forma interdisciplinar.

22 de novembro de 2008

Ter o entendimento do funcionamento da escola da maneira como a interdisciplina Organização do Ensino Fundamental proporcionou foi uma experiência, uma visão nova. A noção da legalidade que nos dá o PPP e o Regimento bem como a importância de um plano de estudos bem estruturado ficaram mais claras para o meu entendimento. Ver que estes documentos interagem e se completam e perceber a necessidade da democratização que as mudanças sociais exigem foi de grande proveito, por fim deixo aqui uma indagação que me é pertinente: a escola, os professores estão realmente utilizando estes instrumentos de trabalho em seu cotidiano? Os professores têm contato direto e realmente entendem o PPP, o Regimento como instrumento de trabalho? Penso que é preciso termos mais noção de como tudo isso pode nos ser favorável , penso que um objetivo em comum pode guiar o trabalho escolar e fortalecer o que se quer alcançar.

12 de novembro de 2008

Reflexão sobre minha profissão

Devo deixar claro que no momento não estou atuando como professora, a única experiência que tive no magistério foi no estágio que fiz em 2006, em uma escola da rede pública municipal, com uma terceira série de vinte e três alunos, na qual pude colocar em prática a aprendizagem do curso. Os relatos que farei a seguir são baseados neste estágio, nos estudos que venho realizando e no contato, troca de experiências, que tenho com colegas e professores.

Quanto ao plano de carreira da rede pública estadual de ensino não tenho muita noção, porém, pelo pouco de conteúdo que tivemos acesso no curso e que conheço considero sua abrangência bastante justa, o que não quer dizer que se equipare a o modo como isso se da na prática. Quanto a rede pública municipal pude ter acesso durante o estágio, ele existe há cinco anos e tem uma estrutura abrangente, visto que engloba mudanças de classe e de nível (até mestrado) equivalentes a formação pessoal do profissional e não a sua atuação. O tempo de experiência passa a ser levado em conta na mudança de classe e a formação na mudança de nível, porém estas não acontecem imediatamente ao momento em que é solicitado, podendo demorar meses ou até anos.

Quanto a formação em nível superior, ainda não há influência direta na realidade, visto que não atuo na área. Porém posso afirmar que esta possibilitando inúmeros conhecimentos sobre a política educacional, a organização escolar e principalmente sobre a prática pessoal, ao momento que consigo estabelecer uma relação clara da teoria e da prática. Isto se dá também devido a qualidade do curso, confesso que não imaginava que fosse tão intenso, já que a modalidade é à distância e que ainda assim proporciona qualidade de aprendizado. Quanto à formação continuada ofertada pela faculdade, penso que seja um pouco inviável pois os cursos são de difícil acesso, horários complicados e nem sempre é possível comparecer.

A escola em que estagiei é urbana e se situa na região mais carente do município, abrange a fatia mais necessitada, porém, as condições físicas do prédio, o número de alunos é adequado (entre 20 e 30 por turma) ao espaço físico, a escola possui ainda outros espaços, como: playground, ginásio de esporte, sala de vídeo, sala de leitura, refeitório, aula de flauta, taekwondo. No que se refere a prática docente existe equipes de apoio pedagógico como supervisão, coordenação, psicóloga, psicopedagoga, a escola possui aparelhos de TV e som, data show, e acesso livre a internet. Quando estagiei a relação entre direção e professores hierárquica. A escola possui Conselho Escolar inativo (por motivos de legalidade), Conselho de Classe que se reúne trimestralmente, CPM com reuniões mensais, mas não possue organização por parte dos alunos como grêmio estudantil por exemplo. A relação família escola é bastante distante, visto que os pais não são assíduos na escola quando solicitados e quanto ao processo de aprendizagem dos filhos acontece o mesmo, não é difícil porém presenciar reclamações durante os resultados de fim de ano.

Um professor pós graduado que entre no plano de carreira municipal, classe “A”, terá uma remuneração inicial por volta de R$ 900,00, penso que não é o ideal basta comparar com outras profissões para percebermos a desvalorização, sem falar no desgaste e na dedicação que a carreira exige. Quanto a nova proposta do piso salarial nacional de R$ 950,00 para 40h semanal para nível médio, seria o início de uma remuneração mais justa mas, vê se que não é prioridade para os governantes. Quanto a sindicalização ela existe no município mas não é única na categoria e penso que este não representa os interesses como deveria. Em geral a um caminho grande a ser percorrido e com certeza essas questões fazem-nos refletir.

8 de novembro de 2008

Reflexão sobre a prática docente

Por ainda ter sido somente a experiência do estágio do Curso Normal Médio pude usar o texto “O trabalho docente a pedagogia e o ensino” de Maurice Tardif como um embasamento para futuras situações e também para perceber algumas circunstâncias que aconteceram comigo durante a minha prática. O tempo de prática que tive não foi muito, mas com ele pude viver situações novas e ainda me deparar com a disparidade entre a teoria e a prática e quanto ao texto lido a colocação da teoria na educação foi muito proveitosa já que Tardif cita que a pedagogia deve ser usada com adequação da realidade e do educador e isto nem sempre é percebido. A necessidade de se ter uma postura pedagógica é notável, porém a necessidade de entendê-la e principalmente de aplicá-la é que é pertinente.

Financiamento da Educação

Ao ler o texto “Noções gerais sobre o financiamento da educação no Brasil” dos autores José Pinto e Teresa Adrião e realizar uma pesquisa junto a Secretaria de Educação do município em que resido, procurei buscar informações acerca da aplicação do repasse da verba do Fundef destinada à educação.

O Fundef é um recurso oriundo do MEC repassado aos estados, municípios e Distrito Federal na proporção da matrícula do ensino fundamental de cada rede com base no senso escolar do ano anterior destinado ao investimento e manutenção do ensino.

Destina-se 60% deste recurso ao pagamento de professores em efetivo exercício do magistério e os demais 40% podem ser gastos com itens admissíveis como o MDE, incluindo gastos com formação continuada de professores.

Segundo informações obtidas pela Secretaria Municipal de Educação não existe um regulamento municipal para aplicação da verba do Fundef que seria assim executada conforme a legislação federal. Há, porém, um Conselho Municipal que acompanha as despesas, como pagamento de professores e funcionários. O município, porém, usa mais que 60% dos recursos com despesa da folha de pagamento, atualmente por volta de 75% - número este que esta sendo regulamentado após as eleições – o restante é aplicado nas demais despesas da educação como transporte, formação continuada e outros.

Percebe-se que este recurso vem contribuir para mudar a realidade educacional, embora seja um processo lento, nota-se que há avanços em relação à educação.

5 de novembro de 2008

PPP e Regimento Escolar

Durante a realização da atividade 2 em que foi solicitado a leitura dos textos Projeto Político e Projeto Pedagógico de Bernard Charlot e Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico: Espaços para a Construção de uma Escola Pública Democrática de Maria Beatriz Gomes e Mariângela Bairros, concomitantemente com análise do PPP e Regimento Escolar, foi possível compreender a importância de conhecermos tanto o PPP quanto o Regimento Escolar e como estes são elaborados.

O PPP – Projeto Político Pedagógico – esta proposto na LDB, n° 9394/96, neste documento consta aspiração, idealização e direção que serve de base para elaboração, desenvolvimento e avaliação do currículo. Este documento deve ser elaborado por todos que fazem parte da escola, levando em consideração a realidade da comunidade escolar (contextualização). Define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar, sendo composto de três grandes partes: marco referencial, o que queremos alcançar; diagnóstico, o que nos falta para ser o que desejamos e programação, o que faremos para suprir tal falta.

Já o Regimento Escolar tem como referência o PPP, esta proposto na resolução CEED n° 236/98, é o documento que define a organização e o funcionamento do estabelecimento de ensino, quanto aos aspectos pedagógicos. A elaboração do mesmo também envolve a comunidade escolar. Normativa as ações pedagógicas e administrativas previstas no PPP e nos planos de estudos, sendo que o administrativo deve estar a serviço do pedagógico.

Nota-se, portanto, que há um elo entre o PPP e o Regimento Escolar, ambos complementam-se, tem que haver uma continuidade nesses dois documentos que são norteadores da instituição escolar.


Neste site poderão encontrar mais informações acerca do PPP e Regimento Escolar,

3 de novembro de 2008

Reflexão dos pensadores estudados

Durante os estudos realizados na interdisciplina Escola Cultura e Sociedade,em que pude analisar as teorias de Durkhein, Webber e Marx procurei compreender melhor a sociedade e a relação entre esta e o indivíduo.

Os autores citados “elaboraram e utilizaram conceitos como os de fato social, ação social e classe social. De alguma maneira todos estavam interessados em pensar a relação entre indivíduo e sociedade no mundo moderno”.

Durkhein “acreditava que a sociedade prevalece sobre o indivíduo”, esta ajuda na formação do indivíduo, pois há regras e normas coletivas que orientam nossa vida.

O indivíduo, segundo ele, não nasce sabendo previamente as normas de conduta necessárias para a vida em sociedade. Por isso, toda sociedade tem de educar seus membros, fazendo com que aprendam as regras necessárias à organização da vida social. As gerações adulta transmitem as crianças e aos adolescentes aquilo que aprenderam ao longo da sua vida em sociedade. Com isso o grupo social é perpetuado, apesar da morte dos indivíduos.

Pode-se fazer uma ligação entre o pensamento de Durkhein e nossa educação – nossas escolas -, é necessário refletirmos qual é o papel atual da escola para a formação dos indivíduos, quais os conhecimentos, regras, condutas que estamos trabalhando e como poderíamos desempenhar com mais eficácia nosso papel de educadores.

Para Webber, “a sociedade não seria algo exterior e superior aos indivíduos, como em Durkhein, para ele a sociedade pode ser compreendida a partir do conjunto de ações individuais reciprocamente referidas, Webber define como objeto da sociologia a ação social”.

Weber afirma que podemos perceber diferentes formas de ação social, estas formas ações de social também podem-se chamar “Os três tipos de dominação legítima” que ajudam orientar as ações dos indivíduos. Os tipos de dominação são:
- Dominação legal;
- Dominação tradicional;
- Dominação carismática;

Já para Marx “diferentemente de Durkhein e Webber, considerava que não se pode pensar a relação indivíduo X sociedade separadamente das condições materiais se apóiam”. Marx, buscou analisar a sociedade em que viveu para ele as condições materiais não podiam ser vistas separadamente do indivíduo e da sociedade, nota-se que a educação sempre foi influenciada por interesses de classes dominantes, procurando moldar o indivíduo de forma que esse atendesse as expectativas da sociedade, do mercado de trabalho. O pensador alemão Karl Marx propunha que a educação fosse um instrumento de compreensão do mundo e transformação da sociedade, que a classe trabalhadora também tivesse acesso e condições de ter uma boa educação.

Enquanto alguns pensadores acreditavam que seria necessário construir o “homem novo” necessário a sociedade futura, para Marx este “homem novo” já existia, era a classe trabalhadora, alegava que era preciso dar condições para que esse homem novo pudesse se desenvolver.

Marx contribuiu para a educação no sentido que esta é importante para a sociedade, propõe algumas formas de melhorar a educação, porém, não apresenta uma metodologia educacional.


Fontes Bibliográficas
Oliveira, S. P. Introdução à Sociologia. Editora Ática.
Tomazi, D. N. Iniciação à Sociologia. Atual editora, 1993

28 de setembro de 2008

Organização e Gestão da Escola

A interdisciplina de Organização e Gestão da Escola esta me possibilitando a compreensão respeito da organização da educação brasileira. A princípio não tinha conhecimento a respeito do tema, desta forma, foi necessário muita leitura e diálogo com colegas mais experientes para que eu pudesse compreender.
Conforme o texto “Federalismo e Descentralização” de Nalú Farenzena, a oferta educacional brasileira nasceu descentralizada, quer dizer, com grande parte da responsabilidade nas mãos dos estados e municípios. Como sendo a transferência de responsabilidade e atribuições de um governo central para os governos subnacionais, entidades governamentais ou para a sociedade.
Fica bastante evidente que os estados e municípios ficam com a fatia maior da responsabilidade da educação nacional. Mesmo que esta situação tenha sido influenciada pelo princípio de autonomia federativa não dá para negar que a parte mais difícil ficou com os governos que estão mais próximos do povo.
De acordo com a leitura proposta, pude entender que o município tem responsabilidade no que diz respeito à educação infantil e séries iniciais de ensino fundamental, ficando com o estado a primazia ao ensino médio e séries finais de ensino fundamental, ao governo federal cabe atuar diretamente na organização de rede federal de ensino. Isto, porém não abdica a federação da responsabilidade financeira e da educação como um todo.
Obs.: Alguns trechos deste texto foram extraídos do trabalho realizado nesta interdisciplina.

Projeto de Aprendizagem - Perguntas

Dando continuidade as atividades da Interdisciplina de Seminário Integrador V, foi solicitado que escolhêssemos uma pergunta. Posteriormente nos reunimos em grupo onde começamos elaborar o projeto de aprendizagem. A pergunta escolhida foi: “As emoções afetam nosso organismo?”, com orientação da professora e diálogo entre o grupo a questão foi reformulada, ficando da seguinte forma: “O estresse pode ser considerado um sofrimento físico e psíquico, assim sendo, como e porque se manifestam estas reações decorrentes dos desequilíbrios emocionais?”. Foi necessário modificá-la pois estava muito ampla, era necessário ter um foco mais específico.
Diante da questão levantamos algumas dúvidas e certezas provisórias sobre o assunto. Devido à distância não foi possível nos reunirmos pessoalmente, contudo, fizemos uso de ambientes virtuais para que o diálogo acontecesse e organizássemos o projeto.
Para maiores esclarecimentos combinamos uma conversa no “msn”com a professora Nádie, nem todos componentes do grupo participaram, mas o administrador do grupo, o qual participou da conversa disponibilizou o diálogo para que todos tivessem acesso e se interassem do andamento do projeto.
Após este diálogo, entre o administrador e a professora, surgiu uma nova pergunta para nortear o projeto, sendo esta: “Por que a criança desenvolve o stress e qual a influencia do mesmo nas séries iniciais?”.
Neste momento estamos levantando questionamentos, certezas e dúvidas, para que o projeto possa ter continuidade.
Realizando a presente atividade, estou compreendendo que a partir de questionamentos levantados pelos alunos, conforme seus interesses, é possível ir definindo os conteúdos a serem trabalhados. Será que meu pensamento esta correto?

24 de setembro de 2008

Sabemos que na sociedade há muitos líderes, estes são escolhidos de diversas formas, no texto “Os três tipos puros de dominação legítima” Weber nos apresenta as três formas de dominação/liderança presentes na sociedade, e nos ajuda a compreender melhor quais são as características dessas formas de dominação, sendo que estas classificam-se de três formas: dominação legal, tradicional e carismática.
A primeira, é a dominação baseada em leis, há regras estabelecidas, os líderes são escolhidos via eleição. A segunda forma de dominação sendo esta a tradicional, é aquela baseada na dominação patriarcal, não há leis ou regras que estabeleçam critério para que um indivíduo possa chegar a liderança, essa liderança acontece por ser algo tradicional: por fidelidade. Já a terceira forma de dominação, a carismática, é baseada nas qualidades pessoais do líder, prestígio social e moral, são pessoas dotadas de encanto, estimadas e bem quistas na sociedade, consideradas frequentemente profetas, pessoas iluminadas.
Percebo que é importante que haja líderes na sociedade, porém esta liderança deve oportunizar a todos que estão inseridos na sociedade que participem, contribuam, que esta liderança não seja algo autoritário, que o líder possa representar seu grupo da melhor forma possível.