30 de maio de 2010

Reflexão 7° Semana

Uma das características relevantes da infância é a capacidade de fazer de conta, pois está ligada ao desenvolvimento físico e intelectual. Possibilita a criança expressar seus sentimentos espontâneos, livres e naturais.

O desenvolvimento de atividades lúdicas de recreação atende as necessidades biológicas da criança. Contribui na aprendizagem através da formação de regas que se joga em grupos com normas pré-estabelecidas, superando desafios adequando-se a limites, a comparação e a competição.

Segundo Kuste (1987) “Afirma que em se tratando de contribuir com a educação do individuo a recreação tem a função compensadora, pois lhe dá prazer e satisfação pessoal, possibilitando o reencontro com os movimentos com alegria, a descontração, a espontaneidade necessários à vida , na qual não temos mais tempo para pensar, para rir, ou para sonhar, então vamos nos recrear, divertir, renovar, refrescar, reanimar, recobrir e ativar o animo só com a ‘recreação’.”

Diante disso, desenvolvo com as crianças atividades em que o ponto de partida, o inicio seja através de regras, compreendidas e adaptadas a faixa etária em que se encontram, ficam mais fáceis de serem compreendida e postas em prática.

Noto que no dia a dia as crianças passaram a esperar sua vez para falar, sentem se satisfeitas, ativas, participativas, vencem com mais facilidade as dificuldades, estão sabendo lidar melhor com o saber ganhar e perder, a medida que vão se familiarizando com o jogo.

Através da contação de história utilizando o varal entre outras atividades e jogos desenvolvidos durante a semana houve a cooperação entre os alunos, interesse em superar desafios como no jogo da amarelinha, onde a aluna A. propôs outras regras como atribuir notas e símbolo aos vencedores registrando sua criatividade.

É interessante salientar, com base nos ensinamentos de Piaget “Resolver problemas, superar desafios, reequilibrar-se cognitivamente, eis a fonte dos progressos que conduzem à elaboração constante de estruturas novas”.

23 de maio de 2010

Reflexão 6° semana

“Prefiro pensar que o aprendizado vem dos primeiros contatos e vivências dos mestres que por longos anos tivemos, desde o maternal. As lembranças dos mestres que tivemos podem ter sido nosso primeiro aprendizado como professores. Suas imagens nos acompanham como as primeiras aprendizagens. (...) Repetimos traços de nossos mestres que, por sua vez, já repetiam traços de outros mestres. Esta especificidade do processo de nossa socialização profissional nos leva a pensar em algumas marcas que carregamos. São marcas permanentes e novas, ou marcas permanentes que se renovam, que se repetem, se atualizam ou superam”. (Miguel Arroyo, Ofício de Mestre, 2002, p. 124).

Nesta semana recebi a visita da Tutora Graciela, profissional competente, foi minha professora e supervisora no curso Normal Médio, onde tive meus primeiros contatos, vivências, e aprendizagens com o magistério.

No momento que recebi sua visita estava realizando trabalhos sobre a história “O Grande Rabanete”. Conversamos rapidamente, afinal eu estava ansiosa, nervosa, precisava de alguns esclarecimentos sobre o trabalho que estou desenvolvendo. A conversa deixou-me mais tranqüila. Após, foi o momento da Tutora conversar com a regente da turma.

Acredito que este momento é de suma importância para que a supervisão tenha a possibilidade de fazer uma leitura mais sólida do trabalho que está sendo desenvolvido.

16 de maio de 2010

Indisciplina

Seguir as regras básicas de boa convivência significa respeitar os outros e exigir respeito por si mesmo. Neste período de estágio tive momentos complicados em relação a disciplina, em uma aula foi necessário parar as atividades que estávamos realizando para fazer um momento de diálogo, reflexão e após construirmos um cartaz com as regras de convivência.

Diariamente é necessário relembrar as regras de convivência, explicando o motivo de segui-las, conforme cita Paul Mussen, “a criança, na instituição, vai assimilando as regras de acordo com a orientação do professor e também dos combinados do grupo. Cada regra, sem exceção, tem um motivo. É fundamental que a criança saiba o porquê de cada regra para que faça com consciência e não apenas em caráter de obediência.”

Portanto, penso que a criança precisa de limites para que saiba o que pode e o que não pode fazer e ao mesmo tempo possa participar das decisões.

9 de maio de 2010

Reflexões

Desde o início do estágio uma das perguntas mais freqüentes feita pelos alunos é: “Quando vou aprender ler e escrever?” as crianças estão na faixa etária de 5 anos. Alguns já escrevem seus nomes, outros escrevem espelhado, e ainda há alguns que precisam da “plaquinha” (plaquinha é um quadrado de EVA que possui o nome do aluno escrito com a letra bastão), pois escrevem somente as vogais de seus nomes, com auxílio da plaquinha conseguem reproduzir o que está escrito, a maioria reconhece as vogais e algumas consoantes (geralmente as letras que compõe seus nomes). Demonstram muito interesse pela leitura e escrita.

Nas situações em que observam materiais escritos desperta ainda mais a curiosidade para ler e escrever, exemplo são os livros infantis, além de apreciarem muito os contos infantis, observam as palavras procurando identificar as letras que conhecem, associando primeiramente a seus nomes e de seus familiares.

Conforme Emília Ferreiro “Antigamente, acreditava-se que a criança somente se alfabetizava quando submetida a um ensino sistemático. Isto é, salientava-se, em primeiro lugar, uma percepção motora e conceitual, a qual se chamava ‘prontidão’ e inseria-se a criança, gradativamente, no mundo da escrita, apresentando-lhe as letras uma a uma, como se essa criança fosse incapaz de perceber e aprender a partir de suas próprias curiosidades e vontade.”

Entendo e estou observando em minha prática que a leitura e escrita dependem muito mais das situações, “ocasiões sociais”, em que a criança tem contato com a língua escrita, como citei anteriormente, situações em que observam materiais escritos.
Também tenho disponibilizado alfabeto móvel, que tem sido muito útil, permitindo que as crianças observem o traçado das letras, concentrem-se em decidir quais letras são necessárias para escrita de seus nomes.