1 de maio de 2009

Piaget e os estágios de desenvolvimento

O desenvolvimento cognitivo, segundo Piaget, é um processo contínuo. As mudanças qualitativas das estruturas cognitivas, que ocorrem no decorrer desse processo, servem de índice par caracterizar os diferentes estágios de desenvolvimento. Cada estágio envolve um período de gênese e um período de consolidação.

Piaget distinguiu quatro estágios no desenvolvimento cognitivo:

1- estágio da inteligência sensório-motora (do nascimento, até por volta de 1 ano e meio a 2 anos) no curso do qual ocorre a objetivação e especificação dos esquemas da inteligência prática;
2- estágio pré-operatório (dos 2 aos 7 anos) função simbólica (linguagem), organizações representativas, pensamento intuitivo, regulação representativa articulada;
3- estágios das operações concretas (dos 7 aos 11 anos) no curso do qual se consolidam as operações concretas de classes de relações, e o pensamento se torna reversível. A reversibilidade (por reciprocidade e por negação) são usadas, independentemente, uma pela outra;
4- estágios das operações formais (dos 11-12 anos por volta dos 14 anos) em que as estruturas cognitivas alcançam reversibilidade completa e o raciocínio abstrato torna-se possível.

Entender cada estágio do desenvolvimento segundo Piaget, abriu muito minha mente meu modo de pensar. É um aprendizado muito significativo já que pode ser visto na prática a partir do momento em que vemos nossos alunos com outros olhos de educador interessado na realidade e na real capacidade de cada aluno como um ser único e individual e principalmente como alguém resultado daquilo que teve oportunidade, daquilo que foi exposto a vivenciar, e além de poder visualizar a teoria na prática (daí a razão mais interessante do trabalho) pude estar mais ciente das características de cada estágio do desenvolvimento de que é possível ver estas fases se mesclarem, se confundirem em sua normal evolução.

"O dilema do antropólogo frances"

O texto proposto “O dilema do antropólogo francês” foi sem duvida alvo que fez pensar o que seria a opinião correta ou ainda o que seria mais adequado raciocinar sobre determinado assunto, de qualquer maneira o que há de se considerar é que o certo ou errado depende dos olhos de quem vê e é claro de sua carga cultural, como afirma o próprio texto: “toda avaliação esta condicionada pela cultura do avaliador o que não esta sendo diferente no momento em que escrevo este texto. Por fim, entender e analisar a idéia geral do texto é que nos proporciona o crescimento, bem como é na socialização destas idéias que melhoramos, que nos desempenhamos de maneira mais concreta sem falar que o dilema do antropólogo não é algo utópico, ao contrário pode ser um paralelo de muitas situações com a qual nos deparamos.

Inclusão: Utopia ou Possibilidade

Um dos principais problemas enfrentados pelas pessoas portadoras de deficiência é o de serem socialmente aceitas. Creio que seja atribuído as concepções construídas, nos acostumamos a entender a deficiência como uma doença, incapacidade (do sujeito e seus familiares), como sociedade temos as dificuldades de aceitar a inclusão dessas pessoas, isso implica em transpor barreiras, em modificar atitudes.

Para que aconteça a inclusão social a sociedade também deve se transformar para acolher dignamente todos os cidadãos. É preciso acreditar que todos são dignos, capazes tem igual valor. É superar preconceitos, pelo conhecimento, pela convivência, por se colocar no lugar do outro.

A inclusão é um processo contínuo pela superação de obstáculos que impedem as pessoas de terem acesso pleno a sociedade.

A Resolução CNE/CEB n°2 esclarece muitos pontos que a LDB 9394/96 não havia deixado bem claro. Esta Resolução institui as Diretrizes Nacionais para educação de alunos que apresentam necessidade educacionais especiais na educação básica, que abrange desde a educação infantil. Diz quais as funções do sistema de ensino.

Penso que isso foi um grande avanço social, possibilitar ao deficiente acesso e permanência a escola regular, passando a ter condições de conviver com a diversidade, assim como os que não são portadores de deficiência aprenderão a valorizar o outro independentemente de sua condição física ou mental.

Contudo para que haja realmente visibilidade é necessário a escola entender que a educação é um direito da criança e, que não compete a escola escolher quem vai estar nela. A partir disso desenvolver um projeto pedagógico que contemple a pluralidade cultural e aprender a lidar com essa riqueza diversificada.

Talvez isso seja um tanto utópico ainda, devido as concepções enraizadas em modelos que precisam ser revistos para atender e entender o momento social que vivemos em nosso cotidiano escolar.

Superar preconceitos, buscar formação, apoio, trabalhar em equipe, reinvidicar os serviços de apoio pedagógicos especializados, a fiscalização e o cumprimento da lei são alguns indicativos que poderão contribuir no desenvolvimento do processo de promoção de inclusão, para que esta se torne natural deve ser encarada com responsabilidade. Nota-se que existem avanços nesta questão, ainda tem muito a ser feito. O Brasil como bem sabemos é um país com problemas sociais, mas com evidencias de alguns avanços, o desafio esta lançado, a informação e formação poderão nos auxiliar a combater a exclusão, dando passos rumo a liberdade no caminho da vida, superando preconceitos, promovendo desta forma a cidadania