30 de outubro de 2009

EJA

A interdisciplina da EJA esta sendo bastante rica, estou aprendendo muitos conceitos novos e ampliando meus conhecimentos sobre esta modalidade de ensino até então pouco conhecida, principalmente sobre a alfabetização num contexto diferenciado.

A educação de jovens e adultos em sua trajetória histórica não esteve inserida nas políticas educacionais mais amplas no Brasil. Geralmente eram organizados cursos, programas, projetos de certa duração que não alcançavam os objetivos que deveriam, pois as pessoas não devem apenas se alfabetizar, mas fazer uso das práticas de leitura e de escrita compreensivas que a sociedade cada vez exige.

“A noção de alfabetização precisava alicerçar-se num projeto ético e político que dignificasse e ampliasse as possibilidades de vida e de liberdade humana”. Henry Giroux: Alfabetização e a pedagogia do empowerment político.

Considero que no ambiente escolar o aluno deve ter oportunidade de manifestar seus pensamentos, identificando através dos conhecimentos como sujeito construtor da história de sua vida e da sociedade. E que este conhecimento possibilite analisar criticamente para posicionar-se com argumentos bem formulados e para lutar por melhorias na qualidade de vida sua e coletiva.

Para que estas mudanças ocorram o currículo deve ser integrado entre o saber formal (escolarizado) e o senso comum que é constituído pelos conhecimentos apresentados pelo aluno, Portanto a estrutura curricular deve abrir espaço também para as peculiaridades e problemas de vida do aluno.

Como é emocionante ouvir o depoimento de um adulto ao relatar o processo e o contentamento apropriar-se de novos conhecimentos, da leitura e da escrita numa fase da vida em que muitos, inclusive os familiares, consideram como inadequada para ingressar ou retornar a uma sala de aula como tivemos a oportunidade de assistir no vídeo na última aula presencial.

Um comentário:

Rosângela disse...

Oi Anna,

A EJA é uma modalidade de ensino que compreende educação, trabalho e cultura, por isso precisa estar comprometida não apenas com os conhecimentos escolares mas com a inserção social dessas pessoas, com a possibilidade de desenvolvimento de uma leitura crítica da realidade para que, assim, esses sujeitos possam intervir na realidade onde vivem, buscando alternativas viáveis para melhorar a qualidade de vida de todos.
Tua postagem reflete bem esta especificidade que constitui a EJA, evidenciando, desse modo, a apropriação teórica que fizeste.
Parabéns!

Beijos, Rô Leffa