21 de junho de 2009

INCLUSÃO

A exclusão social é resultado de uma realidade que exclui e se apresenta de múltiplas formas, seja por questões financeiras, de gênero, raça, etnia e de geração, entre outras, nossa sociedade ao longo dos tempos, foi produzindo um modelo de pessoa ideal e, com isso, as pessoas que não se encaixam nesse padrão correm o risco de serem excluídas. E isso ocorre com vários grupos sociais, onde, entre eles, estão as pessoas com deficiência.

Esse é um tema relevante e desafiador para o conjunto da sociedade e dos poderes públicos, na medida em que, ao longo da história, as pessoas com deficiência foram consideradas como inúteis e improdutivas. “A humanidade sempre recorreu aos mitos para explicar e justificar a deficiência física ou mental das pessoas com deficiência, por vezes, tiveram seus vínculos familiares e sociais fragilizados ou rompidos, através do descaso, abandono das famílias, como também através do isolamento em instituições.

É importante destacar que há vários tipos de deficiência, como as mentais, físicas ou sensoriais. Temos que entender que todas as pessoas com deficiência. Isso se deve a forma de organização e funcionamento de uma sociedade excludente onde estamos inseridos. Questões genéticas e enfermidades pré-natais, uma bala perdida, um acidente de trânsito ou no trabalho, um tombo de cavalo, a precariedade na qualidade da alimentação, a falta de saneamento básico, o uso de agrotóxicos e outras situações ou fatos trágicos, podem levar à perda da capacidade motora, sensorial e intelectual ou mental e consequentemente, a uma deficiência.

As pessoas que têm algum tipo de deficiência, além da discriminação que sofrem pela situação em que se encontram, vivem também a realidade de desemprego e de não acesso a políticas básicas como é o caso da educação e do trabalho.

Essas pessoas também sofrem com barreiras ambientais, arquitetônicos, comunicacionais e instrumentais, entre outras, que impedem o direito de ir e vir. A maioria das pessoas com deficiência não tem acesso a logradouros esportivos, de lazer, de recreação e turísticos.

Constantemente, ouvimos falar em palavra como: paralítico, portador de necessidades, excepcionais, mongolóide, aleijado, cego, retardado...expressões usadas para designar as pessoas com deficiência vem do latim, “deficientia” e significa falta, enfraquecimento, abandono. A noção de deficiência é complexa está associada com a idéia de imperfeição, fraqueza, carência, perda de qualidade e quantidade, seu emprego exige cuidado e reflexão.

Contudo é importante destacar que a deficiência não é negativa em si mesma, mas traduz uma realidade. Não se trata, portanto, de algo que traduz a essência ou o caráter de uma pessoa. Nesse sentido, a pessoa deve ser vista na deficiência e não como um deficiente.

Deficiência também não é sinônimo de incapacidade, ao contrário, através do acompanhamento solidário das famílias e da implementação de políticas de qualidade, é possível construir uma rede de apoio e de atendimento, em vista do fortalecimento da autonomia e protagonismo das pessoas com deficiência.

Obs.: Parte dessa postagem foi retirada do trabalho realizado no meu estágio do magistério, juntamente com as aprendizagens adquiridas durante este semestre na interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Especiais na Educação.

Um comentário:

Roberta disse...

Anna!!

Realmente é muito importante estudarmos a história da inclusão para compreendermos porquê ela se encontra assim hoje e quais os estágios que ela percorreu nesse caminho.
Isso faz com que entendamos melhor a postura das escolas e dos professores frente a esse novo processo.

Abraços
Roberta