15 de novembro de 2009

Linguagem e Educação

No decorrer da história o conceito de alfabetização foi se modificando em razão das necessidades sociais e políticas, lembro quando a alfabetização das crianças (recordo aqui a minha alfabetização) se dava com uma cartilha e com a junção de símbolos gráficos sem que fosse considerado todo conhecimento prévio que a criança traz do seu dia-a-dia para a sala de aula e a codificação e decodificação era o foco desta metodologia, sendo que ainda encontramos práticas semelhantes.

Dar significado a função da alfabetização, favorecer a exploração pela criança do funcionamento da língua escrita foram se tornando necessidades cada vez mais evidentes. Atualmente a leitura e a escrita estão presentes em todos os espaços e em todos os momentos, sendo necessário não ignorar os conhecimentos prévios trazidos pela criança. Letrar e alfabetizar devem ser práticas co-relacionadas, visto que o letramento é a introdução da criança e do adulto em práticas sociais de leitura, de escrita e de oralidade independente do domínio do código escrito (Soares, 2004), já a alfabetização é o acesso a tecnologia de leitura e de escrita (Soares, 2004).

Diante disto é na sala de aula, o espaço onde estes alunos poderão ter oportunidade de estar em contato, manusear, fazer uso de materiais que envolvam a leitura e a escrita. O papel do professor é ser um mediador na exploração destes materiais, sem, contudo deixar de valorizar os conhecimentos prévios, favorecendo novas descobertas e a apropriação do sistema da escrita e da leitura.

Obs.: Reformulação da postagem feita em 24 de outubro de 2009, conforme os questionamentos da Tutora Rosângela.

Um comentário:

Rosângela disse...

Oi Anna,

Muito bom... avançaste na discussão e abordaste com propriedade os questionamentos que fiz. Tua postagem revela a apropriação teórica que fizeste em torno dos conceitos de alfabetização e letramento.

Beijos, Rô Leffa